A energia gasta em indústrias de chocolate no Brasil

Chegando perto do mês de abril já ficamos preocupados ou entusiasmados com uma data muito famosa deste mês, a Páscoa, e essa preocupação se deve ao fato de onde e como vamos arrumar o chocolate pra presentear nossos amigos e familiares.

 

A produção de chocolate pode ser considerado um processo mágico, onde podemos ver como um alimento altamente consumido pela maioria das pessoas é feito para proporcionar altos índices de satisfação.

 

Mas por trás desse prazer todo existe uma conta salgada que você provavelmente nem levava em consideração, o consumo de energia.

 

E no Brasil, por ser um país com uma paixão declarada por chocolate, algumas questões foram elaboradas neste blog para explicar como esse consumo ocorre:

  • Por que a indústria de chocolate gasta tanta energia?;
  • Quanto se consome?;
  • Iniciativas sustentáveis: uma nova receita energética;
  • Conclusão;

 

Por que a indústria de chocolate gasta tanta energia?

 

O processo de fabricação do chocolate é extremamente técnico e energético. Aqui são apresentadas algumas atividades que demandam um alto consumo de energia:

 

Torrefação dos grãos de cacau: envolve altas temperaturas, exigindo calor constante e controlado. Isso consome bastante energia térmica.

 

Moa e refina, moe e refina: a moagem e conchagem do chocolate (um processo de longa duração que desenvolve sabor e textura) exigem motores potentes trabalhando por horas.

 

Refrigeração: o chocolate é muito sensível à temperatura. Ambientes controlados de refrigeração são usados durante e após a produção para garantir que ele mantenha textura e brilho.

 

Embalagem automatizada: a indústria moderna usa robôs e esteiras automatizadas, todos consumidores de energia elétrica.

 

Com isso tudo, ficou mais simples de entender por que a conta de luz das fábricas de chocolate não é algo barato. O uso de energia em várias etapas de produção resulta em um consumo alto devido à grande parte do processo ser feito por máquinas.

 

Quanto se consome?

 

Ainda não existem dados específicos divulgados sobre o consumo energético apenas das indústrias de chocolate no Brasil. Porém, o setor de alimentos e bebidas representa cerca de 10% do consumo industrial de energia elétrica no país, segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

 

E dentro do setor alimentício, o segmento de doces e chocolates é um dos que mais crescem — o que, por lógica, aponta para um aumento proporcional no consumo energético em conjunto com essa estatística.

 

Iniciativas Sustentáveis: a nova receita energética

 

Diante dos custos altos e das exigências ambientais, muitas empresas estão mudando suas práticas para melhorar a eficiência energética. Alguns exemplos que podemos citar são:

 

A Barry Callebaut, uma das maiores fabricantes de chocolate do mundo, usa cascas de cacau como combustível em caldeiras, o que reduz a necessidade de energia fóssil e dá um destino nobre aos resíduos.

 

A Nestlé Brasil implementou planos de transição para energia mais limpa. O uso de biometano e biomassa vem substituindo combustíveis fósseis, com metas ambiciosas de redução de 20% nas emissões de CO₂ até 2024.

 

A Unilever aposta em automação inteligente para reduzir o consumo elétrico de suas linhas de produção, aplicando sensores que monitoram e ajustam o uso de energia em tempo real.

 

Conclusão

 

Mesmo com as vantagens oferecidas por essas boas práticas já em andamento, o setor ainda tem algumas dificuldades, como a infraestrutura cara, adaptação técnica e a pressão ambiental.

 

Mas onde há desafio, há oportunidade. Marcas que investem em sustentabilidade energética ganham vantagem competitiva: produtos mais limpos, custos operacionais reduzidos e uma imagem muito mais atraente para o consumidor moderno.

 

Investir em eficiência energética na produção não é só uma questão de custo — é um passo fundamental para um setor mais sustentável, inovador e competitivo.

 

Com o avanço da tecnologia, a criatividade da indústria e a pressão positiva dos consumidores, o Brasil será capaz de liderar uma nova era de chocolate: garantindo o sabor, tornando mais acessível e ecologicamente consciente.

 

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